wildlifecontato@gmail.com

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Não apoie apenas uma espécie. Apoie todas elas. ABRACE ESSA IDEIA!



Conheça mais campanhas visitando a nossa página do Facebook.
Nenhum Comentário

Proteção da Biodiversidade + Bem-estar Animal, dá para conciliar?


Há milhares de anos os humanos têm introduzindo os gatos domésticos (Felis catus) no meio em que vive. Segundo estudos não existem motivos claros para a domesticação desses animais, acredita-se que os próprios se aproximaram das casas habitadas pelo homem para caçar os ratos que por ali existiam, a partir disso começou a longa e incompleta domesticação do gato. Incompleta? Sim, apenas alguns genes separam o seu peludo que por vezes é amável e por outras é arisco dos felinos selvagens. Carregando traços selvagens em seu DNA, são ótimos caçadores, bastantes hábeis e adoram sair por aí mordendo e matando qualquer forma de vida que se movimente. Soltos e próximos às espécies que compõem nossa fauna, remetem consequências drásticas à biodiversidade.
 
Foram listados entre as 100 piores espécies invasoras do mundo, contribuindo para 14% das extinções de aves, répteis e mamíferos, registradas pela IUCN. Evidências em vários continentes mostram a redução localmente da população de mamíferos e pássaros. Apesar de todos esses efeitos nocivos, as políticas de gestão da população de gatos e regulação dos comportamentos de propriedade do animal de estimação são ditadas por questões de bem-estar animal, deixando totalmente de lado os impactos ecológicos. Não se pode omitir um fato de extrema importância como a proteção da biodiversidade, já é sabido a importância do equilíbrio do ecossistema e isso depende da dinâmica entres animais e plantas, um animal é dependente do outro, seja direta ou indiretamente, quando uma espécie é extinta o equilíbrio não é mesmo e uma cascata de problemas surge. 

A criação consciente de gatos domésticos é um fator intrínseco para evitar tais fatalidades. Um bom lar é essencial para o animal, tudo que ele precisa deve está lá (comida, água, dormida, medicação e carinho), na rua ele encontra apenas risco de acidentes, envenenamento e doenças (podendo transmitir doenças para animais selvagens), a castração é uma ótima atitude para o controle reprodutivo e a adoção tira esses bichanos das ruas. Entendeu que uma atitude não exclui a outra? Proteção da biodiversidade mais o bem-estar animal, dá para conciliar! Adote essa atitude! 



Campanha realizada pela discente Paula Ribeiro.
Nenhum Comentário

domingo, 17 de abril de 2016

Vamos falar sobre a Tartaruga-de-pente!


A tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), também conhecida como tartaruga-legítima, é uma espécie de réptil da ordem Testudines e da família Cheloniidae que está criticamente ameaçada de extinção, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN).

As tartarugas marinhas fazem parte de toda uma cadeia alimentar e, que, se um dos elos for excluído, todo um desequilíbrio ecológico pode e vai acontecer! Afetando direta ou indiretamente a existência de outros seres. Na natureza as tartarugas são controladoras de populações de águas-vivas, corais, pequenos peixes, algas e etc. Por outro lado são alimento na fase adulta de tubarões e, na fase jovem de aves, caranguejos, polvos, pequenos mamíferos, répteis, entre outros. As tartarugas, elas são um dos poucos animais que se alimentam de águas-vivas. Se todas fossem extintas, em longo prazo, as praias estariam superpovoadas por águas-vivas, o que tornaria o banho de mar impossível para os seres humanos, já que essas águas-vivas podem causar sérios danos à saúde da população. 

Diante desse exemplo, percebe-se a importância da biodiversidade para o planeta, assim como a preocupação em preservar espécies que desempenham papel fundamental para a conservação dos ecossistemas. Portando repense seus atos, um simples lixo de um lanche pode está matando uma importante espécie.  A campanha conta com o tema principal a dificuldade da tartaruga consegui chegar na vida adulta por conta da poluição ou da pesca predatória. 

Não deixe de visitar a página de Proteção e Conservação da Biodiversidade no Facebook para acompanhar mais campanhas de preservação de espécies em extinção!
Nenhum Comentário

sábado, 16 de abril de 2016

Conheça a Biologia e Ecologia da Ararajuba


A Ararajuba pertence ao ordem das aves Psittaciformes, que são algumas das aves mais inteligentes que possuem o cérebro mais desenvolvidos, possuindo capacidade de imitar, com grande fidelidade, todos os tipos de sons, inclusive palavras.

Pouco se sabe sobre seus hábitos no estado selvagem. Os registros de observação a encontraram em regiões medianas entre a planície amazônica e os altos do planalto central. Reúnem-se em grupos de até quarenta indivíduos, divididos em bandos menores de tamanhos variáveis que pernoitam em ninhos separados. Durante a estação chuvosa e o período de nidificação os bandos tendem a ser menores. Enquanto algumas forrageiam e realizam outras atividades nos estratos inferiores, alguns indivíduos se colocam sobre as árvores emergentes da copa florestal, atuando como sentinelas. Passam o período mais quente do dia em repouso, sob a sombra de uma grande árvore. Já foi vista se alimentando de frutas, flores, brotos ou sementes de caju, açaí, anani e especialmente murici, entre outras espécies vegetais, mas não parece ser especializada neles.

A corte entre os casais envolve o penteamento mútuo da plumagem. A cópula dura cerca de dois minutos, e em seguida o casal se dedica a explorar a região objetivando encontrar um bom lugar para o ninho. A árvore eleita geralmente pertence a um pequeno grupo ilhado em uma clareira da floresta densa, podendo ser de várias espécies, incluindo a Itaúba (Mezilaurus itauba), o Ipê-branco (Tabebuia roseoalba) e a Muiricatiara (Astronium lecointei). Seus ninhos são ocos escavados nessas árvores, estejam vivas ou mortas, geralmente a 15–30 m de altura. O vestíbulo do ninho é um túnel que penetra fundamente na árvore, abrindo-se no fim em uma câmara de postura que pode estar numa profundidade de mais de 2 m. O ninho é continuamente escavado pelos pais e pode ter várias entradas. É possível que essa profundidade incomum seja uma defesa contra predadores. Esse modo de nidificação especializado restringe as suas possibilidades para árvores idosas, grossas e de elevado porte - de 40 a 50 m de altura, com mais de 110 cm de diâmetro na altura do peito - mas essas mesmas árvores majestosas e antigas são os alvos preferenciais da indústria madeireira, que devasta a região onde as guarubas vivem.


A chocagem dos ovos se faz entre novembro-dezembro e abril, mas pode variar regionalmente na dependência das chuvas. A fêmea põe em geral de três a quatro ovos, mas aparentemente os ninhos são coletivos e a postura e eclosão se dão de forma assíncrona. Já foi encontrado um ninho com 14 filhotes, mas o sucesso reprodutivo é baixo. O grupo alimenta os que chocam. Ao contrário do hábito entre os psitacídeos em geral, outros indivíduos do bando, além do casal, também colaboram no cuidado da prole recém-nascida. Os adultos se aproximam do ninho de manhã cedo, logo após as 6 h, sempre vocalizando. Isso de imediato alerta as crias, que se aproximam da entrada e também passam a vocalizar. Então os adultos descem do alto das copas para alimentar a ninhada, o que acontece oito vezes por dia. 

Os filhotes também vão à entrada do ninho outras vezes apenas para observar os arredores, mas sempre em presença do grupo, que se dedica então a outras atividades, como penteamento da plumagem, acrobacias nos galhos, lutas simuladas, vocalizações e interação com parceiros. Cada visita dura cerca de 35 minutos. Em alguns grupos os adultos pernoitam com os filhotes, enquanto que em outros eles são deixados sozinhos, indo o grupo dormir em outro ninho em uma árvore próxima. A saída do ninho das crias e seus primeiros voos são supervisionados pelos adultos. Os jovens são alimentados por algum tempo pelo grupo.


O grupo é internamente muito sociável e cooperativo, mas também é muito territorial, expulsando muitas espécies de aves de sua área de nidificação, incluindo rapineiros, tucanos e outros papagaios, usando técnicas agressivas de ataque e intensa vocalização. Por outro lado, toleram a presença de Picidae, Passeriformes, uma coruja (Strix virgata) e morcegos nas árvores em que nidificam. Seus principais inimigos são os tucanos Ramphastos tucanus e Ramphastos vitellinus, macacos, iraras e serpentes, que predam ovos e filhotes. A Aracanga pode expulsar a guaruba de seus ninhos e o Falco rufigularis e outros rapineiros podem expulsá-las de seus locais de repouso e alimentação.

Em Cativeiro

Os primeiros registros sobre a espécie foram deixados no século XVII, e foi citada por muitos viajantes e exploradores dos séculos seguintes. Era e é popular entre os indígenas, e até hoje serve como moeda de troca entre algumas tribos. Também é muito cobiçada no mercado nacional e internacional como animal de estimação, sendo dócil, sociável, afetuosa e "conversadora", e desde 1939 é tentada sua criação em cativeiro, muitas vezes bem sucedida. Porém, ela se revela custosa e difícil, a ave exige boas instalações e grande atenção, está sujeita a doenças e alterações de comportamento que podem incluir automutilação, e não é recomendada para amadores.

Em cativeiro costuma fazer uma postura de três a quatro ovos entre outubro e março. Quando os filhotes são removidos para criação humana o casal pode realizar outras posturas. A maturidade sexual acontece entre os três e quatro anos de idade, e sua vida pode se estender até uma média de vinte a trinta anos.

Curiosidades sobre a Ararajuba:

  1. A ararajuba é um animal fiel, fica sempre com a mesma companheira e, mesmo vivendo em bandos, na hora de acasalar e montar o ninho, o casal se afasta do grupo.
  2. Como os demais papagaios, essa ave é fiel também à sua casa e todo ano cria os filhotes no mesmo buraco de árvore, onde, com o bico, prepara um colchão de serragem.
  3. Quando a ararajuba vai procriar, ela muda sua vocalização.
  4. Durante a incubação dos ovos, a fêmea fica dentro do ninho, mas o macho se encarrega de conseguir comida para a família até que os filhotes possam voar. Só então as ararajubas voltam a se unir ao bando.
  5. Criada em cativeiro, a ararajuba está desaparecendo da natureza não só por causa da caça, mas sim porque as matas e, principalmente, os palmeirais onde encontrava seu alimento estão sendo derrubados.

Referências Bibliográficas:

  • "Zoological Nomenclature Resource: Psittaciformes" (em inglês). Consultado em 23 de outubro de 2010.
  • Miyaki, Cristina et al. "DNA fingerprinting in the endangered parrot Garouba and other Aratinga species". In: Revista Brasileira de Genética, 18, 3, 405-411
  • Silveira, Luís Fábio & Belmonte, Fernando José. "Comportamento reprodutivo e hábitos da ararajuba, Guarouba guarouba, no município de Tailândia, Pará". In: Ararajuba 13 (1):89-93, junho de 2005
  • www.ParqueDoisIrmãos.pe.gov.br
Nenhum Comentário

Ora "Pombas": Será mais uma para a lista?


A perereca Aparasphenodon pomba, há pouco tempo descoberta no Município de Cataguases, está incluída na lista de espécies animais "criticamente ameaçadas de extinção", segundo estudo realizado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação (Icmbio). Esse anfíbio, descrito em 2013. Aparasphenodon pomba pertence a um grupo de anfíbios anuros conhecidos popularmente como pererecas-de-capacete, porque possuem uma forte ossificação na cabeça.


Algumas características, distribuições e ameaças.

Tendo como suas características sua pele dourada e com manchas mescladas, olhos vermelhos, A. pomba possui tamanho médio (SVL 51.6 a 60.5 mm para machos; 58.7 a 62.1 mm para fêmeas); focinho quase completamente redondo, A perereca gosta de viver em bambuzais o que dificulta sua observação.


Aparasphenodon pomba é endêmica do Brasil, conhecida apenas de sua localidade tipo, no município de Cataguases, zona da mata, estado de Minas Gerais (Assis et al. 2013). Trata-se de um fragmento de floresta é de 1,36 km².


O ambiente da localidade tipo de Aparasphenodon pomba cobre apenas uma área pequena. Não há áreas protegidas próximas à essa localidade (Sítio Boa Sorte), formada por um fragmento de floresta que é altamente impactado pelas atividades humanas devido à sua proximidade com a área urbana do município de Cataguases.  É também uma área historicamente impactada por atividades agropastoris causando transformações permanentes do solo. Sendo que a atividade industrial é uma das mais impactantes para a espécie, pois converte áreas florestadas para instalação das indústrias, que poluem os cursos d´água. 

Os autores de descrição da espécie acreditam que A. pomba esteja em risco de extinção num futuro próximo, devido sua distribuição restrita,  aos impactos sofridos pelo ambiente e por não ocorrer um unidade de conservação (Assis et al. 2013).


Diante da constatação de ameaça de extinção da perereca Aparasphenodon pomba, foi sugerido pelo pesquisador que descreveu a nova espécie de anuro, transformar a área onde a espécie foi encontrada em uma Unidade de Conservação de Proteção Integral, que permita a utilização do local apenas para pesquisa, educação ambiental ou turismo ecológico. 

Ter um cuidado maior também com as aéreas ao redor desse fragmento de floresta. Realizar estudos mais específicos sobre a  biologia da Perereca como estudo de hábitos, dietas, comportamentos reprodutivos, defesa contra predadores e etc.

Conscientização da população ao redor do fragmento sobre a preservação ambiental é fundamental para a sobrevivência desse anfíbio e de qualquer outra espécie.


Referências Bibliográficas:
  • Haddad, C. F. B., Bataus, Y. S. L., Uhlig, V. M., Silvano, D. L., Nomura,  F. N., Hoogmoed, M. S., Garcia, P. C. A., Feio, R. N. & Lingnau, R..2016. 
  • Avaliação do Risco de Extinção de Aparasphenodon pomba Assis, Santana, Silva, Quintela & Feio, 2013. 
  • Processo de avaliação do risco de extinção da fauna brasileira. ICMBio
  • www.IcmBio.com.br

Nenhum Comentário

Ararajuba – Preserve a Ave da cor do Brasil


Todos devem conhecer a ave endêmica do Brasil que possui as cores da nossa bandeira e que à um tempo atrás já foi mascote da Petrobrás, a nossa pequena Ararajuba que também é conhecida como Guaruba, Aiurujuba ou até mesmo como Papagaio-Imperial. Ela é uma ave da ordem Psittaciforme (a mesma dos papagaios, periquitos e araras) encontrada apenas na região norte/nordeste do Brasil e  que cada vez mais tem a sua população reduzida por diversos fatores. 


Ararajuba (Guaruba guarouba)

Sua beleza é um dos motivos que a coloca sob ameaça!
A Ararajuba vive cerca de 50 anos e pode chegar até 35 cm de comprimento, porém sua principal característica é a sua plumagem amarelo-ouro com as pontas das asas coloridas de verde-oliva, sendo até conhecida como "Golden Parakeet" (Periquito dourado) nos países estrangeiros, o que atraí a cobiça de caçadores, que geralmente as vendem em comércios ilegais, uma das principais causas do desaparecimento dessas aves. 



Elas possuem um pequeno território, que apesar de haver relatos de aparições em Rondônia e no Mato-Grosso, é determinado que sua população está estabelecido entre o oeste do Maranhão, sudoeste da Amazônia e nordeste do Pará e já possuíram cerca de 40% da sua área de ocorrência perdida em relação a original. Atualmente o número de indivíduos não devem passar dos 3 mil, permanecendo em declínio, sendo ameaçadas também pelas destruições das florestas onde vivem, conflitos de posses de terras para exploração de madeira e a caça pelo homem que considera a ave um dos mais cobiçados troféus no mercado ilegal, tem sido também responsável pelo desaparecimento de grande quantidade de exemplares na fauna nacional.

É necessário urgentemente a realização de ações de conservação ou se não a espécie entrará em extinção em breve. Só há apenas uma população de Ararajubas razoavelmente protegidas, que são as que habitam a Floresta Nacional do Tapajós e a Reserva Biológica do Gurupi no Maranhão, porém as outras estão em constante pressão e um dos fatores que prejudicam a sua conservação é a falta de conhecimento sobre muitos aspectos básicos de sua história natural, biológica e ecológica.

A melhor forma de ajudar a ave é combater o tráfico e o desmatamento desenfreado, contribuindo para a preservação dessa espécie que é um símbolo do nosso país. 


Ficha técnica da Ararajuba no Parque Dois Irmãos em Pernambuco

Para saber mais sobre a nossa ave Ararajuba, conhecer um pouco sobre sua biologia, ecologia e algumas curiosidades, basta clicar no banner abaixo:




Referências Bibliográficas:
Nenhum Comentário